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OKUPA TRANSMISSÕES DE FOGO

TORRES DE TELECOMUNICAÇÃO NO MORRO DO SUMARÉ

Desde os anos 1950 a paisagem do Morro do Sumaré, Rio de Janeiro, foi marcada pela instalação de 18 torres de telecomunicação, autorizadas para atender ao crescimento da cidade do Rio de Janeiro. No entanto, o descontrole inicial na fiscalização levou a impactos ambientais significativos, como desmatamento e instabilidade nas encostas, agravados pelo uso de áreas sem planejamento.

 

A partir de 1981, iniciou-se um processo de "ordenamento" para conciliar conservação ambiental e atividade tecnológica. Planos de manejo buscaram reduzir os danos ambientais e remover gradualmente estruturas obsoletas, mas o conflito persiste e se intensificou nos últimos anos. As empresas resistem até hoje, alegando que a substituição só seria viável com tecnologias equivalentes em outros locais.

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Fonte: Biblioteca Nacional. IN: Quental, Alice de San Tiago Dantas, and Marcos Favero. "As Ruínas do Sumaré." Revista Prumo 6, no. 09 (2021): 16.

MICROFICÇÃO

Uma instalação artística criada por um grupo anarco-sobrevivencialista no entorno de uma okupa das ruínas Parque do Sumaré é ativada para  proteger a floresta de incêndios em um dia do verão de 2035.

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FUTUROS ESPECULATIVOS E RUÍNAS DO SUMARÉ

A microficção foi imaginada a partir de um futuro especulado por Sion e Favero (2021) no artigo "As Ruínas do Sumaré"

 

O texto explora o conflito histórico entre o ICMBio e as torres de telecomunicação no Morro do Sumaré, propondo uma alternativa ao esforço do ICMBio de remoção completa das infraestruturas.

Em vez de optar pelo simples desmonte, o artigo sugere ressignificar as torres e demais ruínas como parte de um parque público. A proposta visa incorporar as infraestruturas na paisagem, preservando sua memória histórica e transformando-as em elementos que dialoguem com a natureza e a cidade. Esse espaço poderia oferecer áreas de convivência, educação ambiental e novos usos, destacando a trajetória do Sumaré como um símbolo da interação entre progresso tecnológico e conservação.

Na microficção aqui desenvolvida, imaginamos que o parque tenha sido construído, abandonado e reocupado por um grupo anarco-sobrevivencialista em um cenário de futuro climático distópico.

Parque do Sumaré conforme apresentado por Quental, Alice de San Tiago Dantas, e Marcos Favero. "As Ruínas do Sumaré." Revista Prumo 6, no. 09 (2021): 16.

EXPERIÊNCIA CORPORIFICADA

Sumaré Espiralar

No final de outubro de 2024, subi o Morro do Sumaré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, durante um incêndio que atingiu a mata e que demorou mais de 24h para ser apagado. A fumaça já era visível de longe. Ao me aproximar da entrada da trilha, encontrei agentes do Corpo de Bombeiros, alguns voluntários, e moradores observando à distância. O clima era de tensão com o fogo avançando e as cinzas caindo do céu.

A proposta inicial era observar e escutar. Levei um gravador, equipamento leve de vídeo e proteção básica. Enquanto subia, era possível ouvir o estalo da vegetação queimando lentamente. Não era um incêndio agressivo em velocidade, mas sim persistente, consumindo aos poucos. A trilha estava vazia. Pouca gente se arriscava a entrar naquele momento.

Já dentro da mata, encontrei uma senhora sentada numa pedra baixa. Ela não se apresentou. Apenas começou a falar. A gravação que resultou desse encontro é o que deu origem à peça sonora “Sumaré Espiralar”. A fala dela, entre relato e desabafo, se deslocava no tempo: falava do incêndio atual, mas também de episódios passados, de pessoas que replantaram a mata no século XIX, e de uma instalação artística ativada ali no futuro — em 2035.

Durante a gravação, foram captados também outros sons do ambiente: vento, folhas, interferência eletromagnética, sons urbanos distantes. 

 

Em certo momento, uma voz automatizada surgiu de um equipamento próximo:
“Sistema defensivo ativado. Protocolo floresta livre iniciado.”


O contraste entre essa fala mecânica e a voz da senhora foi marcante.

Depois da gravação, conversei com outras pessoas próximas à base do morro: um guarda florestal, moradores que tossiam e temiam pelas suas casas. Os depoimentos traziam uma sobreposição de interpretações sobre o incêndio — desde negligência do poder público até a ideia de que tudo aquilo fazia parte de uma "ação artística experimental".

PARQUE PÚBLICO OBSOLETO

ARTE ANTI-INCÊNDIO

REFLORESTAR SEIS ESCRAVIZADOS

ANARCO-SOBREVIVENCIALISMO

PROTOCOLO FLORESTA

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INFRALEVES PARA SOLSTÍCIO

UMA PROPOSIÇÃO DE JÚLIA BRASIL

Gostaria que nos comunicássemos por vias metabólicas…

…palavras, partículas, sentidos, alimentos, vapores, resíduos, ondas eletromagnéticas, movimentos sísmicos, poeira de estrelas…

tudo o que está em mim agora já esteve antes em outro lugar

“YOUwillbecoME” [1]

Uma proposição metabólica articula experiências ambíguas, minimamente afetivas e percebidas apenas em contraste. Uma mudança atmosférica, a ingestão de algo, os movimentos planetários. Pequenos espaços entre, quase imperceptíveis, mas que ao serem notados operam a abertura de uma linha orgânica. [2]

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23,5 GRAUS [3]

A terra é levemente inclinada em relação ao sol e por isso a cada ciclo de translação temos períodos em que determinadas partes da terra recebem quantidades diferentes de luz e calor do sol. [4] Usamos palavras como verão, inverno, hemisférios, eixos… Termos astronômicos que nos ajudam a descrever esse fenômeno. Diferentes povos em diferentes partes do mundo marcam com ritos os momentos de passagem de um ciclo a outro. Foi Ruy quem se atentou para o solstício, relembrando a prática de povos indígenas de caminhar até o alto de montanhas e deixar oferendas à terra. Assim, faríamos uma ação de solstício, não porque queremos nos apropriar de qualquer prática ancestral, mas porque continuamos seres deste planeta, influenciados pelos seus ciclos vitais — ainda que afastados deles por modos de reprodução da vida modernizados. Porque solstícios operam aberturas para nossa origem cósmica

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O CALDO

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ar condicionado – ventiladores – aquecedores – antenas – cabos submarinos –  jacarés – mamoeiros – anis – mate – coca – dados – água – cravos – canela –  girassóis [5] – calor –  macacos – turistas

A proposta era que déssemos continuidade a leitura experimentalmente, sensorialmente, metabolicamente, operando linhas entre Starosielski, nós, rio de janeiro, BRISAlab e quem mais aparecesse nesse caldo.[2]  

 

Aparecemos, eu (Julia Brasil), Ruy, Bruno Amadei e Gilberto Vieira. Neste dia [7] decidimos caminhar até o parque de transmissão do  Sumaré [8]. Caminhamos atentos às pequenas alterações, às possibilidades que poderiam aparecer no caminho, às reações do nosso corpo cósmico sempre em formação. Alcançamos o destino às 12h exibindo uma técnica solar, ainda que não tenhamos planejado nada disso. 

Não conseguimos adentrar as cancelas que controlam o acesso, ali, na entrada do parque de transmissões, fizemos uma meditação térmica [9]. Em seguida  compartilhamos um caldo quente, com mate, cravos, anis e coca [10]. Depois disso escolhemos um lugar para deixar os girassóis, trazidos por Ruy. Espalhamos suas partes em uma borda da floresta, pontos  amarelos em meio ao verde da floresta que pareciam flutuar. Tenho pra mim que nossa oferta a esta montanha foi também nosso calor, nossos vapores, a respiração acelerada, o suor, o arrepio, os poros – ora liberando ora absorvendo umidade, cedendo e doando calor – partículas entrando pelas vias respiratórias, outras partículas de dentro do nosso corpo que fomos deixando pelo caminho. Tudo isso deixa um rastro na iminência de desaparecer [11]. Infraleves [12] para o solstício éramos nós mesmos.

O solstício é a celebração de um movimento que distribui calor pelo planeta terra. Está distribuição que se altera e se repete ciclicamente gera ambientes distintos definindo ecossistemas, culturas, etc. Em outras palavras, um constante tomar-forma [13]. Se pensarmos “o corpo como uma ecologia de operações que estende a carne de sua matéria e a ambientalidade de seus múltiplos tomar-forma.” e “a técnica não como um suplemento para uma forma-corpo preexistente, mas como um processo de corporificação (...) uma in-formação de um corpo em mutação” [14]. Podemos então dizer que esse corpo (que é um campo de relações) tem uma técnica [15]. O conjunto maciço da Tijuca, morro do Sumaré, estrada, floresta, nós — somos defasagens [16] dessa técnica. Somos parte desse caldo cósmico que se apresenta de infinitas maneiras. 

O corpo aqui vai de uma organização biológica para uma ordem cósmica. O diagrama de distribuição de calor, que opera desde níveis subatômicos até além-de-cósmicos, deste o fora-mais-fora até o dentro-mais-dentro, atravessa, faz, desfaz e refaz corpos, membranas, estratos… Nós, aquele caldo heterogêneo [17] de múltiplos interesses experimentamos em nossa ação essa técnica do calor em diferentes escalas e em diferentes regimes, químicas, intelectuais, físicas, afetivas, sensoriais, históricas, culturais, sociológicas, ritualísticos, discursivos, biológicos, fisiológicos, ambientais, geológicos, tecnológicos, sensíveis, políticos…

 

Estamos todo tempo trocando calor, seres humanos e não humanos, minerais, astros e a totalidade de coisas que compõem o mundo. Esta troca é uma forma de comunicação que tem o calor como mídia, nem sempre voluntária por vezes nem  percebida. Infraleves para o solstício foi uma tentativa de fazer-com essa constante troca de calor [18] e operar cortes que nos permitem, mesmo que brevemente, acessar este plano de imanência.        

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1. Ricardo Basbaum escreve sobre a transformação (e não apenas deslocamento) do espectador da passividade para sujeito da própria experiência. “As peças de Clark e Oiticica podem ser consideradas extensões sensoriais de duas maneiras: primeiro, no sentido de expandirem a consciência, gerando uma quantidade adicional de incremento sensorial que conduz efeitos transformativos para o corpo-mente. Lygia Clark escreve sobre um processo de “metabolismo simbólico”, o que significa que a transformação não é de tipo metafórico: a interface corpo/objeto (via dimensão sensorial) opera um amálgama de signos orgânico-conceituais que criam novas funções no corpo.  Em segundo lugar, no sentido da produção de um tipo diferente de tempo-espaço através da atividade expressiva do participante-obra, concebido por Oiticica como “inter-corporal”.”  BASBAUM, Ricardo. Clark & Oiticica. Disponível em:  https://www.forumpermanente.org/administ/revista_ho/ho_basbaum

2. A linha orgânica de Lygia Clark, refere-se a uma linha que não é puramente formal, mas sim uma abertura, uma fenda ou incisão que cria uma conexão entre diferentes elementos, seja em uma pintura, uma escultura ou mesmo no espaço arquitetônico. É uma linha que convida à exploração, à percepção sensorial e à interação do observador com a obra, rompendo com a ideia de uma obra de arte acabada e estática. “O artista também pode investigar linhas que funcionam como portas, como conexões entre materiais, como tecidos, etc., para poder modular toda uma superfície." Segundo Luis Perez-Orama, "o motivo pelo qual ela chama a linha orgânica de "orgânica" não é porque ela se parece com uma curva ou uma linha inspirada biologicamente. Não… É porque ela dá a você a possibilidade de olhar no interior do corpo da pintura. É porque ela é feita como uma incisão no corpo da pintura. Portanto, ela funciona como uma abertura para o organismo da pintura."

3. 23 graus é a inclinação do planeta em relação ao seu eixo, pode também ser a temperatura do inverno carioca? latitude? longitude? graus de separação? 

4. Este valor é conhecido como obliquidade e é um dos parâmetros orbitais de Milankovitch. Apesar dos outros parâmetros excentricidade e precessão também afetarem a distribuição de calor no planeta, “a obliquidade (inclinação) do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano orbital é o fator de maior importância para o ciclo anual da temperatura”. (...) “A obliquidade do eixo de rotação é praticamente estável, pois oscila apenas entre 22,1º a 24,5º, em períodos de cerca de 41.000 anos (o valor atual da obliquidade é 23,5º), e essa estabilidade é mantida pelo torque exercido pela Lua”  : REBOITA M.S., Pimenta A.P. e Natividade U.A. 2015. Influência da inclinação do eixo de rotação da

terra na temperatura do ar global. Terræ Didatica, 11(2):67-77. <http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/> p. 69

5.  Os girassóis são nativos do território que hoje chamamos de de México e Estados Unidos e foram domesticados por povos indígenas.

6.  Aqui é preciso apontar a metodologia de Performance como pesquisa (PaR). O BrisaLAB, grupo do qual ambos fazemos parte, coordenado por Walmeri Ribeiro e Ruy Campos Figueiredo, tem este como ponto de partida para suas ações. Sobre BrisaLAB ver: https://brisalab.com/apresentacao/. Sobre PaR ver: RIBEIRO, Walmeri. Territórios sensíveis: ecologias e Corpos emergentes em práticas artísticas situadas . Revista Visuais, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 64–75, 2023. DOI: 10.20396/visuais.v9i1.18304. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/visuais/article/view/18304. Acesso em: 24 jul. 2025.

7.  O dia 21 de junho marca o que chamamos de solstício, aqui no hemisfério sul, solstício de inverno.

8. Essa escolha tem alguns motivos: primeiro porque este território ja faz parte da pesquisa de pós doutorado de Ruy, por abrigar as antenas de transmissão do Sumaré, infraestruturas de comunicação, em um território afetado pelas mudanças climáticas. Segundo, porque durante meu processo de pesquisa, cruzei com relatos de viajantes europeus que vinham ao “novo continente” estudar e catalogar as espécies animais e vegetais, nestes relatos de viagens — que  tanto conformaram a visão europeia sobre este continente e seus habitantes — encontra-se muitas referências ao clima e à temperatura dos trópicos, em sua maioria pejorativos. A floresta da Tijuca era um dos pontos de interesse destes viajantes que desembarcavam no porto do Rio de Janeiro. Preciso dizer, no entanto, que durante a ação, ao caminhar pela floresta, percebo que esse território tem também um lugar de afeto pra mim. A medida que caminhávamos me vi conhecendo as curvas, as bicas, as vistas pra cidade. A floresta é um lugar que frequento semanalmente, percebo suas mudanças, consigo dizer que naquele dia tudo estava muito seco, que o vento naquele lugar é normal. Não o frequento como artista-pesquisadora, mas somos sempre artistas-pesquisadores. Há algum tempo fiz a relação de que a floresta da Tijuca é um grande sistema de climatização de grande parte da cidade do Rio de Janeiro — uma infraestrurura térmica se formos usar o termo de Satrosielski. 

9. Meditação térmica é a proposição de uma prática sensorial que convide os participantes a perceberem, a partir de seu corpo, as trocas térmicas e metabólicas com o ambiente e, desta maneira percebam-se como corpo em mutação e corporificado, mundificado. 

10. A ideia de oferecer um caldo (chá) foi uma reflexão em torno da ideia de infraleves, experiências térmicas, e a propria noção de caldo. Um caldo sempre pode aceitar mais coisas, sem deixar se der um caldo ter menos coisas, sem deixar de ser um caldo. E sem que as coisas dos caldos deixem de ser suas coisas enquanto são caldo. Poderia caldo ser uma outra palavra para estratos? Matéria, conteúdo, expressão, forma e substância. Aqui estou me referindo a discussão de 10.000 a.C. – a geologia da moral. Ver: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. 10.000 a.C.: a geologia da moral (quem a Terra pensa que é?). Tradução de Celia Pinto Costa. In: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, v. 1. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011. p. 69–115.

11.  Cecilia Vicuña realizou alguns trabalhos onde vai desenrolando um feixe de lã vermelha em seu percurso, uma oferenda que nos levaria de volta ao útero, a mãe-terra. Ao desenrolar a lã enquanto caminha deixa um rastro da passagem, uma oferenda. Estes trabalhos, nomeados Quipus, remetem a uma forma de escrita-têxtil dos povos andinos que a artista retoma.Nós deixamos estes rastros-oferendas em forma de calor, vapores, palavras. Todas precárias, para usar o vocabulário de Vicuña. Como vamos argumentar mais a frente no texto esta também é uma técnica ancestral. 

12. Infraleve, inframince em francês, é um termo cunhado por Marcel Duchamp, refere-se a experiências ou sensações sutis, quase imperceptíveis, que possuem um valor emocional ou estético, mas que escapam à percepção comum. É uma espécie de "estética do invisível", onde o ordinário pode se tornar extraordinário através da percepção e da intenção do observador. Como quando alguém levanta de um assento e ainda conseguimos sentir o calor daquele corpo que estava ali sentado. 

13.   MANNING, Erin. Sempre mais que um. Tradução de Fran Trento. 1. ed. São Paulo: GLAC Edições, 2024. p.59

14. ibid

15. ibid

16. Defasagem é um conceito descrito por Gilbert Simondon ao tratar da individuação. Em muitas interpretações a defasagem é lida como um atraso entre o estado atual de desenvolvimento tecnológico e a capacidade de compreensão filosófica e social dessa tecnologia. Esta conotação pode aparecer pelo sentido de atraso que  a palavra usualmente refere-se. Talvez seja melhor imaginar este conceito a partir de um diagrama de fases. Onde o estado do material varia (solido - liquido - gasoso) mas a substância permanece a mesma. Não diríamos que a água em sua forma liquida está atrasada em relação ao vapor, nem que o gelo não é mais água, com uma infinidade de possibilidades entre estas fases. A defasagem é este duplo:  ocasião discreta de experiência (a água líquida tornando-se vapor) e atividade que levou a culminação de tal ponto. molar e molecular. 

17. heterogêneo, é pertinente lembrar, na química quando utilizado pra falar de misturas, soluções, diz respeito a um tipo de mistura onde os componentes não se distribuem uniformemente, resultando em diferentes fases visíveis. 

18. algo como o movimento absoluto de Deleuze e Guattari.  DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, v. 4. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

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